O legado do descaso: A herança de sujeira deixada em Eunápolis

Os números não mentem: mais de 12 mil toneladas de entulho retiradas das ruas de Eunápolis em apenas 45 dias. Esse dado impressionante não apenas evidencia o esforço da atual gestão para recuperar a cidade, mas também escancara o abandono herdado da administração da ex-prefeita Cordélia Torres.

Bairros inteiros, como Dinah Borges, Pequi e Ivan Moura, estavam soterrados pelo lixo, resultado de um serviço público ineficiente e da falta de planejamento. A situação da Estrada da Vaquejada, no Antares, onde foram necessários 20 caminhões para retirar os resíduos acumulados, reflete bem o cenário de caos que a população enfrentava. O problema não foi causado de um dia para o outro, mas sim pela incompetência daqueles que deveriam zelar pela limpeza urbana e simplesmente não fizeram o básico.

Agora, a nova gestão se vê diante do desafio de normalizar um serviço essencial que jamais deveria ter sido interrompido. Segundo a Secretaria de Infraestrutura, ainda serão necessários pelo menos 60 dias para que a coleta funcione de forma regular novamente.

A população de Eunápolis merece uma cidade limpa e organizada, e a limpeza pública deve ser tratada como uma prioridade contínua, não como uma ação emergencial. Se há uma lição a ser aprendida com esse episódio, é que o descaso cobra um preço alto – e, infelizmente, quem paga essa conta são os cidadãos.

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