Praia de Mucugê ameaçada por interesse de grandes empreendimentos imobiliários

Por Redação / VIA41
08/08/2022 - 12:37

Os barraqueiros da Praia de Mucugê em Arraial d’Ajuda, Porto Seguro – BA, estão em estado de choque diante das recentes informações de que podem sofrer intervenções de órgãos do governo, culminando com o fechamento de seu ambiente de trabalho.

Foto: Tássio Loureiro / VIA41

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As barracas da praia de Mucugê estão passando por processo de regularização, para adequação da estrutura física às regras de ordenamento urbanístico e ambiental.

Trabalhando há mais de 50 anos alvarás em dia, os barraqueiros relatam que o uso do espaço sempre foi de conhecimento de todos os órgãos municipais, estaduais e federais, entre eles Secretaria de Municipal de Meio Ambiente, IPHAN, SPU, etc. 

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Ocorre, que as barracas hoje estão correndo risco de fechamento, supostamente, em razão de interesses ocultos de empreendimentos imobiliários que querem se instalar na localidade e assim se apossarem do espaço utilizado pelos barraqueiros, que possuem cadeia de documentos que comprovam décadas de exploração de comércio.

Os barraqueiros do Mucugê estão organizados mediante associação ABRAPROSUL – Associação de Barraqueiros da Orla Sul, e seu presidente, Sergio Murilo, conversou com a editoria esclarecendo o seguinte: “Aqui estamos instalados há muito tempo. De onde tiramos o sustento de nossas famílias e a possibilidade de perdermos o nosso ganha pão deixa todos os barraqueiros desesperados. Estamos com projeto aprovado pelo IPHAN. Seguimos os mesmos trâmites realizados na praia de Pitinga e o mesmo órgão que aprovou a regularização da praia de pitinga, é o órgão que hoje quer nos tirar da praia e impedir a nossa sobrevivência. Estamos colaborando com a regularização e investindo o que podemos e não podemos, mas parece que algo maior está por trás. Clamamos ajuda do prefeito Janio Natal, dos vereadores, do juiz federal, de Deus e de quem mais puder nos ajudar”

Sérgio Murilo

O presidente da associação informou que no dia 09/08 serão realizadas audiências na Justiça Federal, por meio das quais o juiz pode determinar o fechamento, caso a SPU – Secretaria de Patrimônio da União, continue com entendimento de que a praia não é passível de regularização, como já ocorreu em algumas barracas que recorreram a Brasília para poder trabalhar.

A editoria do site acompanhará o desenrolar dessa história cercada de mistérios e que está intrigando moradores e autoridades locais.

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