Instituto lança campanha sobre apostas esportivas responsáveis

Em resposta ao crescente mercado de apostas esportivas no Brasil, o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) lançou recentemente a campanha “Pra jogar, tem que ter regra” para promover o uso consciente e responsável das apostas.

Essa iniciativa visa conscientizar os apostadores sobre os riscos e a importância de apostar de forma segura e dentro dos limites pessoais. Especialmente com o aumento da regulamentação do setor no país, prevista para entrar em vigor em janeiro de 2025​.

As apostas esportivas são um mercado em expansão no Brasil, impulsionado pela popularidade de eventos esportivos e pela crescente acessibilidade das plataformas online. Contudo, esse crescimento acelerado trouxe desafios, como o risco de vício e endividamento.

Diante desse cenário, o governo brasileiro tem trabalhado na regulamentação do setor para minimizar os impactos negativos. Portaria do Ministério da Fazenda, por exemplo, proíbe apostas esportivas com cartões de crédito, limitando os meios de pagamento a opções pré-pagas para evitar o endividamento dos usuários.

Apostas esportivas são entretenimento

A campanha do IBJR destaca que apostas esportivas são entretenimento, não um meio de enriquecimento. Essa mensagem incentiva o público a apostar de forma responsável, estabelecendo limites financeiros e de tempo.

Além disso, as plataformas de apostas estão implementando ferramentas de reconhecimento facial e limites de idade para impedir que menores de 18 anos façam apostas. Ao mesmo tempo, oferecem orientações para que os jogadores definam seus próprios limites financeiros​.

O mercado de apostas esportivas no Brasil, que conta com a participação de grandes empresas internacionais, apoia a regulamentação como uma forma de assegurar a integridade e a transparência das operações.

Segundo o IBJR, a regulamentação não apenas protege os consumidores, mas também colabora para o desenvolvimento de um ecossistema de apostas sustentável e seguro, com benefícios econômicos significativos, como a geração de empregos e a arrecadação de impostos​.

Preferências de apostas esportivas entre os brasileiros

Dados da KTO, uma das empresas membros do IBJR, mostram que o futebol lidera as preferências de apostas esportivas entre os brasileiros com ampla vantagem, representando 89,18% das apostas feitas na plataforma. Outras modalidades também despertam o interesse, como basquete, que ocupa a segunda posição com mais de 4% das apostas, seguido pelo vôlei com 3%.

Em ascensão, o eFutebol já conta com uma média de 4,48 apostas diárias por jogador, destacando-se pelo formato dinâmico e acessível, que atrai um público interessado em partidas rápidas e ação constante. Por fim, o tênis completa o top 5, com 0,61% das apostas​.

A KTO também revelou que o valor médio das apostas no futebol é de R$ 36,86. Em comparação, o tênis registra uma média significativamente maior, de R$ 144,42, mostrando o perfil de apostadores mais dispostos a arriscar.

Além disso, o valor de R$ 10 é o preferido entre os jogadores em todos os esportes. A indicação é que a maior parte dos usuários do site procuram se divertir sem comprometer grandes somas​.

Publicidade consciente e regulamentação para um mercado mais seguro

Além da regulamentação, o IBJR também foca em práticas de publicidade consciente. Em parceria com o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), o instituto adota um Código de Publicidade para limitar a exposição de anúncios que possam atrair de forma irresponsável ou excessiva.

Essa medida é essencial para evitar que as apostas sejam promovidas como um caminho fácil para a riqueza, reforçando a ideia de que apostar é uma forma de entretenimento e não um método de enriquecimento rápido.

Com uma estrutura regulatória robusta, campanhas educativas e monitoramento contínuo, o Brasil busca transformar o mercado de apostas esportivas em uma atividade de lazer segura, garantindo que os apostadores possam desfrutar desse entretenimento sem colocar em risco sua saúde financeira e emocional.