Invasão, grilagem e impunidade: Acessos ao Mirante do Rio Verde, em Trancoso, são bloqueados

Por Redação / VIA41
26/03/2025 - 15:32

Enquanto órgãos ambientais e autoridades intensificam as operações contra desmatamento ilegal e invasões de terras no extremo sul da Bahia, um esquema escandaloso segue avançando nas  Terras do Rio Verde em Trancoso, distrito de Porto Seguro. Sob o pretexto de transações imobiliárias, grupos privados se apropriam de áreas particulares , degradam o meio ambiente e se beneficiam de um ciclo vicioso de compra e venda de propriedades com origem duvidosa.

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Além da destruição ambiental e da apropriação irregular das terras, as entradas do Bairro Mirante Rio Verde foram fechadas. Atualmente, os moradores só conseguem passar a pé, enquanto a circulação de veículos está impedida.

Manifestações são realizadas constantemente na localidade

Uma área conhecida como “Ilha do Urubu”, com 20 hectares, foi doada em 2006 pelo então governador Paulo Souto.  Doaram uma parte das Terras do Rio Verde pertencentes ao Senhor Aloízio Soares Martins . Terras estas Urbanas do município de Porto Seguro. No mesmo ano, essa mesma terra foi vendida para Philipe Meuus (Crisnandes). Logo depois, entra em cena Gregório Marin Preciado alegando a área por meio da matrícula 13.188 de Itaquena, supostamente adquirida de Moacir Andrade. Resultado? Meuus pagou duas vezes pela mesma terra, reforçando a trama nebulosa que envolve essa negociação.

O enredo não parou por aí. Meuus seguiu comprando mais 8 hectares da mesma turma e, em 2023, garantiu a cessão de direitos de herança do segundo relacionamento de Aloízio Soares Martins. O problema? Esses herdeiros não têm qualquer direito legal sobre as terras do Rio Verde.

Enquanto tapumes fecham tudo e os invasores avançam sem escrúpulos, a destruição ambiental segue seu curso. Esse modelo de apropriação e venda de terras, muitas vezes sustentado por documentos duvidosos e cumplicidade de compradores, escancara um grave problema de especulação imobiliária e grilagem.

Diante das ações enérgicas que vêm sendo realizadas no extremo sul da Bahia para combater invasões, desmatamentos e fraudes fundiárias, é urgente que as autoridades também voltem seus olhos para essa situação. O que está acontecendo nas Terras do Rio Verde não pode continuar impune.

 

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