Morte da cigana Hyara Flor: Adolescente esposo da vítima é condenado e internado em unidade socioeducativa

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) condenou um adolescente suspeito de matar sua esposa, a cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, a cumprir uma medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado. A decisão foi divulgada na segunda-feira (23) pela advogada Janaína Panhossi, representante da família da vítima.

Hyara foi morta com um tiro no queixo em Guaratinga, em julho de 2023. O mandado de busca e apreensão contra o então marido foi expedido pela Comarca de Guaratinga, e ele foi apreendido em 22 de agosto, após ser encontrado em Itapetinga. O jovem foi levado para a Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case) da Fundac em Vitória da Conquista.

Embora a decisão tenha prazo indeterminado, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece um máximo de três anos de internação, com revisões a cada seis meses.

A defesa da família de Hyara informou que a condenação trouxe "um pouco de alívio, ante a dor da perda". Janaína Panhossi afirmou: "É o reconhecimento de que o valor da verdade, da ética e da justiça prevaleceu. Sentir que a justiça foi alcançada é como ver uma balança finalmente se equilibrar."

Relembre o caso

Hyara Flor, de 14 anos, foi morta após ser baleada no queixo, dentro da casa em que ela vivia com o marido. O crime aconteceu no dia 6 de julho de 2023 e a adolescente foi socorrida para Hospital Municipal de Guaratinga.

Dentro da casa, foi encontrada uma pistola calibre 380, com dois carregadores e munições. Os objetos foram apreendidos e encaminhados à perícia. A necropsia do corpo provou que o tiro fez com que a garota asfixiasse no próprio sangue, até a morte.

O crime aconteceu apenas 45 dias após o casamento dela com o outro adolescente de 14 anos, que também faz parte da comunidade cigana.

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